O Ministério Público do Piauí (MPPI), por meio do Laboratório de Inovação e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizou, nos dias 12 e 13 de novembro, videoconferências para apresentar e compartilhar a versão 2.0 do Sistema de Monitoramento de Materiais Questionados (SIMQ) com os Ministérios Públicos do Amapá (MPAP), do Pará (MPPA) e de Pernambuco (MPPE). A cessão da solução tecnológica desenvolvida pelo MPPI ocorreu mediante acordos de cooperação técnica.

Segundo o assessor do Laboratório de Inovação, Thiago Soares, a iniciativa reforça o compromisso do MPPI com a cooperação e o aprimoramento dos mecanismos de cadeia de custódia, especialmente nas atuações dos grupos de combate ao crime organizado.
O SIMQ é uma ferramenta criada pelo MPPI para gerenciar, documentar e rastrear todo o ciclo de vida dos materiais que compõem o acervo probatório em investigações criminais, conforme o Código de Processo Penal e as diretrizes da Lei Federal nº 13.964/2019.

A segunda versão do sistema traz atualização completa de tecnologias, arquitetura modernizada e novas funcionalidades, como:
- Armazenamento em nuvem de extrações, relatórios, imagens e evidências, eliminando o uso de mídias físicas e facilitando a cooperação interinstitucional;
- Rastreabilidade integral da cadeia de custódia, com registro automático de cada movimentação, desde a entrada até a destinação final da evidência;
- Automação dos autos de busca e apreensão, otimizando o trabalho das equipes em campo;
- Melhoria na interface, segurança da informação e padronização dos procedimentos operacionais.
Para a procuradora-geral de Justiça do Piauí, Cláudia Seabra, o compartilhamento do SIMQ 2.0 reafirma a integração entre os Ministérios Públicos e fortalece a atuação conjunta no combate ao crime organizado, à corrupção e às infrações que exigem rigor na preservação de provas.



