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Na manhã da quinta-feira passada, 03 (três) de agosto, as vozes de centenas de trabalhadores rurais se uniram em um único tom para chamar a atenção da sociedade civil e ao mesmo tempo cobrar ações efetivas do poder público para o problema da estiagem que assola milhares de famílias da região de São Raimundo Nonato.

O ato denominado “Marcha do Grito do Semiárido”, organizado pelas entidades da sociedade civil, movimentos populares e organizações que formam o Fórum Territorial da Sociedade Civil Sobre Estiagem, reuniu aproximadamente mil trabalhadores rurais nas ruas do município de São Raimundo Nonato, a 530 km de Teresina. Homens e mulheres, jovens e adultos de mais de 22 cidades das regiões Sul e Sudeste do Piauí – todos com a “sede de políticas públicas” estampada no semblante, nos cartazes e nas falas.

Uma audiência pública com representantes de órgãos públicos, entre eles Conab, Agespisa, Fetag, MDA, Defesa Civil e o Ministério Público do Piauí, representado pela Coordenadora das Promotorias de Justiça de São Raimundo Nonato, Flávia Gomes Cordeiro de Castro, foi realizada ao final da marcha e colocou em pauta a liberação de linhas de crédito para os agricultores, o acesso à água de qualidade para consumo e para produção, e a concretização de ações estruturantes para a convivência pacífica com os períodos de estiagem característicos do semiárido brasileiro.

O Ministério Público pontuou várias ações judiciais que já foram manejadas para garantir o abastecimento de água com qualidade para a população da região, além de que firmou compromisso de buscar solucionar os encaminhamentos advindos da audiência, no âmbito de sua atribuição,  reiterarando a parceria com as organizações da sociedade civil como a Fetag, a Cáritas e a Força Tarefa Popular.