O Ministério Público do Piauí, representado pelo Coordenador do Nupevid (Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar), Francisco de Jesus Lima, participou de uma audiência realizada na Assembleia Legislativa, no último dia 13/06 para discutir sobre a violência doméstica contra a mulher.
O coordenador do NUPEVID, promotor de Justiça Francisco de Jesus Lima, ressalta a importância de reunir diversos parceiros que lutam em defesa da mulher para um ato público e enfatiza que o combate à violência doméstica é uma construção coletiva. “Esse combate não depende apenas da mulher, depende também de toda a sociedade engajada. Queremos mostrar que o Ministério Público não trabalha apenas em gabinetes, o verdadeiro agente público é aquele que busca ações, parcerias e políticas públicas para coibir todo e qualquer tipo de crime”, pontua Francisco.
Seis deputados federais da subcomissão vieram ao Piauí para fazer um diagnóstico da situação da violência contra a mulher: Dr. Rosinha (PT-PR), Nilda Gondim (PMDB-PB), Erika Kokai (PT-DF), Rosane Ferreira (PV-PR), Dr. Paulo César (PSD-RJ) e Assis Carvalho (PT-PI).
A presidente da Subcomissão de combate à violência contra a mulher da Câmara Federal, Nilda Gondim (PMDB-PB), afirmou em Teresina que o machismo ainda é uma cultura forte nas regiões Norte e Nordeste do país e parabenizou o Piauí pelos altos índices de denúncia de violência contra as mulheres. As declarações foram feitas em visita à presidência da Alepi, na manhã desta quinta-feira (13). “Este tipo de crime muito comum no Norte e Nordeste porque as mulheres são muito domésticas, mas aqui no Piauí elas estão começando a despertar para o seu potencial e capacidade. Os homens têm ficado amedrontados e, acredito que, por isso, o índice de violência contra as mulheres aqui é baixo”, pontuou.
Paulo César informou que o objetivo não é criminalizar, mas alertar o estado. “Quando a gente traz os dados e cobra das autoridades, a gente quer a resposta e o Governo Federal vem sendo bastante comprometido com essa questão”, pontuou. Segundo o parlamentar, em 2012, o Piauí registrou 13.500 denúncias de violência contra a mulher. “É fato que as mulheres agora têm mais coragem para denunciar”, acrescentou.
A comissão irá visitar ainda os hospitais Areolino de Abreu e Valter Alencar, que fica na penitenciária Major César. Segundo Assis Carvalho, o último relatório sobre saúde mental no Piauí é de 2011. “A situação está ruim no Brasil inteiro, mas o Piauí está abaixo da média no que diz respeito às ações para o tratamento da saúde mental. São necessários mais projetos de lei e maior integração, dos CAPS aos hospitais”, pontuou.
A deputada Erika Kokai ressaltou que será produzido um relatório sobre a atual situação do Piauí sobre este tema. “Vamos verificar também como anda a drogadição no Piauí e tudo que está dentro da área da atenção básica. Vamos traçar um diagnóstico sobre a rede de serviços para construirmos juntos as soluções necessárias”, finalizou.



