A lista de medicamentos em falta, segundo a Promotora de Justiça Cláudia Seabra, tem ainda 10 itens para tratamento de doenças diversas, como por exemplo, anemia falciforme e doença renal crônica. A reunião foi mais uma tentativa de sensibilizar o Governo do Estado sobre a gravidade do problema.
Além do Secretário Estadual de Saúde, Francisco Costa, foram convidados representantes de Associações de pacientes e mães de crianças que sofrem com a falta dos remédios que, na maioria dos casos, não é encontrado em farmácias comuns. “Nós somos 888 pacientes cadastrados com doença falciforme. Por conta do atraso na medicação, os documentos exigidos pelo Ministério da Saúde estão perdendo a validade. Isso é muito ruim”, enfatizou a presidente da Associação dos Pacientes de doenças falciformes, Miriam Mota.
“A situação é muito séria. Nós estamos tratando de medicamentos de uso contínuo. Já pedimos o bloqueio de um milhão de reais das contas do Estado para que o problema seja resolvido e a situação permanece a mesma. Queremos uma demonstração concreta de quando o problema será resolvido”, enfatizou a Promotora Cláudia Seabra. O Promotor de Justiça Eny Marcos Pontes, que também atua na área da saúde, destacou a gravidade da demora na regularização dos estoques que pode até resultar na morte de alguns pacientes.
O Secretário Estadual de Saúde Francisco Costa disse que a dificuldade para a compra ocorre por problemas no processo licitatório. “O problema não é falta de dinheiro. Queremos regularizar essa situação até o fim do ano, de forma definitiva”, explicou.