O Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Moura, recebeu nesta quarta-feira (1º), uma comitiva de membros da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí para acertar detalhes de uma parceria que será firmada entre as instituições para o desenvolvimento de campanhas educativas de conscientização contra o assédio às mulheres, bem como a violência doméstica.
Durante a reunião, o Promotor de Justiça, Francisco de Jesus Lima, integrante do Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID), afirmou que as campanhas visam o fortalecimento de uma nova mentalidade de respeito à mulher.
“Neste início estamos fazendo uma abordagem em bares, restaurantes e casas noturnas sobre o assédio cometido contra as mulheres. Mas, não vamos parar nestes locais, queremos ir às escolas para ensinar as crianças e jovens que a mulher deve ser respeitada e valorizada. Nosso desejo é desconstruir a cultura machista que é tão forte em nossa sociedade”, declarou o Promotor Francisco de Jesus.
A campanha “Paquera x Assédio” está sendo desenvolvida por meio de apresentação teatral, em bares, restaurantes, casas noturnas e similares para chamar a atenção dos frequentadores desses locais, sobre a abordagem agressiva e desrespeitosa com que muitas mulheres sofrem.
A conselheira federal e presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Eduarda Mourão, elogiou a atuação das campanhas locais. “As ações que são empreendidas no Piauí de combate e prevenção a violência praticada contra a mulher tem recebido reconhecimento nacional. E o nosso dever é arregaçar as mangas pela defesa dos direitos das mulheres unindo as instituições”, enfatizou.
O Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Moura, disse que o Ministério Público dará apoio ao desenvolvimento de tal iniciativa por seu caráter preventivo e pedagógico. “É imprescindível a educação, mas também é importante que trabalhemos pela aplicação eficaz da Lei Maria da Penha para que os agressores tenham a certeza de que atos de violência contra as mulheres, seja físico ou verbal, serão devidamente punidas e assim possamos coibir essa prática”, ressaltou.