Permitam-me compartilhar esta poesia que fiz quando tinha 13 anos de idade, por ocasião dum evento escolar.               

TERESINA
 
Por entre pedras, palmeiras,
Rios, serras, coqueiros
nasceu, meu Deus, uma sina:
era minha Teresina.
 
Minha nina, amada menina
chamada Teresina,
lembrei-me, agora, cá
que mesmo co’uma estrela na testa,
enfrentou certos protestos
para sair da banda de lá.
 
E rumou para um lugar sem risco,
veio pra Chapada do Corisco,
onde seria seu lugar.
 
Hoje tu és ainda bela,
com tuas águas amarelas,
com tuas luzes de natal,
o Teatro Municipal,
Tuas ruas escandalosas,
Tua brisa preguiçosa
E com o que tens a possuir:
o metrô,
a atenção do Piauí
e mais tarde um “psiu”
do menino Brasil.
 
Entretanto, com toda beleza,
com toda riqueza,
insistentemente choras a dor.
E a dor que deveras sentes
está estampada em teu semblante,
porque choras a todo instante
a perda dos teus pertences.
 
Mas, como todo apaixonado,
Eu sou fiel
E vou te proteger
Nem que seja lá do céu.
A todo instante vou te venerar:
Vou deixar dito,
Falar por escrito,
Da São Benedito
Ou deixar recado
Da Senhora do Amparo.
 
Seu for pra longe
Falarei do Velho Monge,
Se pra uma ilha
Falarei das quadrilhas.
O que importa é que vou falar,
Porque tu, Teresina, és minha sina
E sempre vou te amar,
Te beijar,
Te reverenciar,
Pois, por seu teu filho,
É aqui o meu lugar.
 
Gerson Gomes Pereira

Promotor de Justiça