O Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC) em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) realizou na manhã desta sexta-feira (18), uma palestra sobre Mediação Escolar e Comunicação Não Violenta, com o objetivo de discutir a cultura de paz dentro do ambiente escolar e no meio da sociedade como um todo. O evento aconteceu no auditório sede do Ministério Público do Piauí (MPPI), na zona leste de Teresina e contou com a presença de professores, estudantes e sociedade em geral.
Dando abertura ao evento, a promotora de justiça e coordenadora do CEAF, Teresinha de Jesus Marques, pontuou que a mediação dentro das escolas contribui de forma efetiva para uma educação integral, que proporciona ao aluno desenvolver competências emocionais e sociais através de diálogos. Afirmou, ainda, que a mediação escolar fomenta o desenvolvimento da comunicação, escuta e empatia dentro da sala de aula.
Já a promotora de justiça e coordenadora do CAODEC, Flávia Gomes Cordeiro, falou com entusiasmo sobre a recente publicação da lei 13.663 que, modificando a LDB, determina que a cultura de paz seja ensinada e estudada dentro das escolas. Segundo a promotora, essa é mais uma maneira efetiva de se prevenir a violência. Ela finalizou afirmando que a sociedade precisa aprender e ensinar o bem e que a paz é uma construção diária.
Após as falas das promotoras, deu-se início à palestra que foi proferida pelo professor Alessander Mendes do Nascimento que é mediador e mestre em direito e gestão de conflitos. Segundo ele, a violência se processa a partir do momento em que as partes envolvidas não conseguem entender um ao outro, nem ao menos respeitar as diferenças e isso é comum dentro da escola: “se nós queremos discutir violência, o primeiro lugar a ser discutido é na formação e a formação é escolar, é preciso formar essas pessoas ainda na base”, afirmou.
Durante a palestra, Alessander também citou casos de conflitos sociais que podem ser sanados por meio da mediação social. Ele pontuou ainda que o modo de comunicação entre as pessoas é determinante para que se gere um ato de violência, ato esse que pode culminar em fatos extremos. O palestrante finalizou afirmando que a mediação não só resolve processos, mas transforma vidas.
