O Promotor de Justiça Ari Martins representou o Ministério Público do Estado do Piauí durante o segundo julgamento por feminicídio realizado na história de Parnaíba. A sessão do Tribunal Popular do Júri foi realizada nesta segunda-feira, 25 de junho, no antigo fórum da cidade. O réu, Evanilson Nascimento Monteiro, foi denunciado por homicídio qualificado na forma tentada, por ter atingido sua ex-companheira com um golpe de arma branca, na região abdominal. A vítima teve que ser submetida a uma cirurgia delicada, e ainda convive com o trauma. O fato aconteceu em julho de 2017. O réu, por não aceitar o fim do relacionamento, seguiu a vítima e a agrediu, provocando um grave ferimento.
O feminicídio é uma das hipóteses de homicídio qualificado, nos casos de crime de ódio baseado no gênero. “A atuação junto ao Tribunal do Júri reafirma o compromisso do Ministério Público com a proteção à vida e a promoção da segurança pública. Nos casos de feminicídio, essa atuação contribui também para a desconstrução da cultura machista que viola os direitos humanos e sociais das mulheres”, destaca Ari Martins.
Os jurados acolheram a tese do Ministério Público e o Juízo sentenciou Evanilson Nascimento Monteiro a 14 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. Em Parnaíba, o MPPI, em parceria com o Poder Judiciário e as polícias, tem trabalhado para agilizar os julgamentos dos crimes dolosos contra a vida, com o intuito de coibir a sensação de impunidade. A campanha “Parnaíba unida em defesa da vida”, capitaneada pela 5ª Promotoria de Justiça de Parnaíba, estimula a prevenção à violência, conscientizando os cidadãos sobre a proibição do porte de armas brancas ou do porte irregular de armas de fogo.