O fogo, muitas vezes utilizado de forma ilegal e sem controle, provoca prejuízos materiais e causa malefícios à saúde das pessoas. Atento aos problemas que o uso indiscriminado do fogo pode provocar, o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA), em parceria com órgãos e instituições que atuam na defesa do meio ambiente, desenvolveu o projeto “Corta-Fogo”.
A solenidade aconteceu na manhã desta sexta-feira, 13 de julho, na sede do Ministério Público do Piauí (MPPI), na zona leste de Teresina. Entre os parceiros da iniciativa estão o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA), Secretarias de Estado (Semar) e Municipal de Teresina de Meio Ambiente (Semam), Prefeitura de Teresina (PMT), Superintendência de Desenvolvimento Rural (SDR), Corpo de Bombeiros e Batalhão de Policiamento Ambiental.
O projeto inclui a formação de comissões interdisciplinares, que, na zona urbana, conscientizarão os proprietários de imóveis sobre a proibição de uso do fogo para fins de “limpeza”. Na zona rural, o foco é a capacitação de agricultores para a realização da queima controlada, método permitido por lei, mas que depende da obtenção das licenças ambientais cabíveis. Entre as etapas do projeto, também está inserida uma campanha educativa, para que todos os cidadãos evitem deixar lixo em terrenos baldios, não se utilizem indiscriminadamente do fogo para o tratamento de resíduos domiciliares e não descartem materiais e substâncias inflamáveis de forma indevida. Segundo o cronograma do projeto, serão realizadas quatro reuniões de campo nas seguintes localidades: povoado Cerâmica Cil, Taboca do Pau Ferrado, Santa Teresa e Soinho.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Piauí registrou, em 2017, 7.657 focos de calor no Estado. Neste ano, já foram contabilizados 848 focos.
Em sua fala, a Promotora de Justiça Denise Costa Aguiar, coordenadora do CAOMA, destacou a importância das parcerias estabelecidas pelo Ministério Público para o desenvolvimento do projeto. “O Ministério Público vem pensando uma estratégia de atuação preventiva e que entrelaçe as instituições para o controle de queimadas e combate a incêndios florestais. Com o objetivo de reduzir os danos ambientais e sociais causados pelas queimadas e incêndios e consequentemente reduzir quantidade de focos de calor, nasce o projeto “Corta-Fogo”, diz.
O Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Moura, congratulou os idealizadores da iniciativa, além de asseverar que os danos oriundos da utilização indiscriminada do fogo podem ser graves e até irreversíveis. “Pior do que ver a mata devastada é observar os animais que deixam de existir por conta de um incêndio. É uma situação que nos preocupa, assim como a todos os órgãos que atuam na defesa do meio ambiente. Que este trabalho seja exitoso, tanto no combate como na prevenção aos focos de incêndio”, concluiu o chefe do MPPI.
Entre as autoridades que prestigiaram a solenidade de lançamento do projeto, estiveram o comandante do Corpo de Bombeiros do Piauí, Coronel Carlos Frederico, o Superintendente substituto do IBAMA, Adelquis Estanley Monteiro, os Secretários de Meio Ambiente do Piauí, Robério Aslay de Araújo Barros, e de Teresina, Olavo Braz, e a Superintendente de Desenvolvimento Rural do Piauí Maria Vilany.
A solenidade foi encerrada com a apresentação de uma paródia da canção “Asa Branca”. A letra foi adaptada pelo Analista Ambiental Sandovaldo Moura, do IBAMA, e alerta para os prejuízos que as queimadas provocam na zona rural. A música foi interpretada por integrantes da Orquestra Sanfônica “Seu Dominguinhos”, que gentilmente gravou a nova versão.