O Promotor de Justiça Regis de Moraes Marinho representou o Ministério Público do Estado do Piauí durante a sessão do Tribunal Popular do Júri em que Raimundo Alves dos Santos – conhecido como “Mumu” – foi condenado a 21 anos e 6 meses de reclusão, por homicídio triplamente qualificado. O crime é datado de março de 2014, contra a vítima Rosenilda Andrade, ex-esposa do réu. O Ministério Público sustentou a tese de que o crime foi impulsionado por motivo fútil, já que o acusado não aceitava o fim do relacionamento; com emprego de meio cruel, por ter sido perpetrado com pauladas e pedradas na cabeça; e, ainda, de surpresa.
A sessão foi presidida pelo Juiz de Direito Antônio Reis de Jesus Nollêto, na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina. Raimundo Alves dos Santos ainda responde a dois outros processos que envolvem violência contra a mulher: homicídio tentado contra a primeira esposa, em 2012, quando ateou fogo na casa da vítima; e homicídio tentado contra a última esposa, contra quem desferiu 16 facadas na Avenida Frei Serafim, já em março deste ano.
“No caso de 2014, não pudemos sustentar a tese de feminicídio porque essa qualificadora ainda não havia sido instituída na data do crime. Porém, a atuação do Ministério Público é sempre voltada para a proteção à vida das mulheres, à medida em que demonstramos que delitos como esse, motivados pelo machismo e sentimento de posse, não ficarão impunes. O réu matou com requintes de crueldade e sem chances de defesa da vítima. Podemos afirmar que ele é um serial killer de mulheres e que sua liberdade acarreta perigo para a ordem pública”, frisou Regis de Moraes Marinho.