Na última terça-feira (02), o Ministério Público do Estado do Piauí, por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina, realizou uma audiência itinerante para verificar se foram adotadas providências para a regularização sanitária nas unidades de alimentação e nutrição do Hospital Getúlio Vargas.

A atividade foi realizada pelo promotor de Justiça, Eny Pontes, acompanhado da coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), Karla Carvalho e o médico do MPPI, Celso Pires.

A ação ministerial decorre de expedição da Recomendação Administrativa da 12ª PJ nº 02/2023, após a constatação de diversos itens fora dos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária nos setores de nutrição e alimentação, inclusive após o registro da presença de ratos nas dependências dos espaços.

Durante a audiência, 42 itens pendentes foram discutidos. Dentre eles, a desratização das salas. A coordenadora de Controle de Pragas, Francisca da Silva, explicou como funciona o processo de limpeza dos ambientes. Sobre as outras inconformidades, a equipe do HGV informou que medidas de urgências foram realizadas e as que demandam mais tempo estão sendo providenciadas.

A coordenadora do CAODS, Karla Carvalho, frisou a necessidade de oferecer cursos de capacitação aos funcionários do hospital e pontuou itens essenciais que não devem ser negligenciados no hospital, como o uso de telas nas janelas.

O diretor administrativo do HGV, Anderson Silva, destacou que as inconformidades apontadas pela Vigilância Sanitária estão sendo observadas pelo hospital, conforme solicitação do Ministério Público.

“Estamos realizando junto à SESAPI as licitações para aquisição de materiais e insumos para o setor. Além disso, desde janeiro, a desratização e desinfecção da área é feita, através de contrato com empresa específica. Também já reforçamos a utilização dos EPI’s e treinamento do pessoal’’, incluiu o gestor.

Na mesma manhã, o promotor de Justiça inspecionou a cozinha e o refeitório do Hospital. Durante a atividade, foram identificados pontos de infiltração, aparelhos de ar-condicionado com defeito, prejudicando a climatização do ambiente, dentre outros.

Eny Pontes reiterou, ainda, a preocupação com os pacientes da clínica ortopédica que estão um longo período aguardando cirurgia. Essa temática foi tratada em uma audiência no mês passado, quando se abordou a falta de insumos de próteses e órteses para os pacientes ortopédicos. Na visita, foi identificado que há pacientes com mais de 80 dias internados.

Ao final da audiência, o representante da promotoria deliberou que o HGV encaminhe os processos relativos aos pedidos tanto à SESAPI quanto às OPMES necessárias para a realização de cirurgias dos pacientes. Requereu também a relação de pacientes desde o último dia 4, bem como todos os materiais oferecidos pela secretaria destinada às próteses.

O promotor de justiça informou ainda que irá instaurar um novo procedimento administrativo e retornará em breve ao hospital para monitorar as medidas recomendadas pelo Ministério Público.