O Ministério Público do Estado do Piauí firmou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Universidade Federal do Piauí nesta terça-feira, 03 de junho, para a estruturação e funcionamento do Laboratório de Simulações de Drenagens e Represas (LASIDRA), que funcionará na universidade. 

O termo estabelece um regime de mútua cooperação técnico-científica entre o MPPI e a UFPI, no âmbito dos programas, projetos e ações desenvolvidos pelo Ministério Público, com o intuito de compartilhar e desenvolver dados de pesquisas com utilização de laboratórios computacionais, referente a simulações e identificação de drenagens em macrobacias, simulações de rupturas de barragens e possíveis danos decorrentes. 

Durante a reunião para a assinatura do ACT, o professor Jean Moscardi, apresentou a tecnologia que possibilita a produção de simulações para previsão de alagamentos, inundações e danos decorrentes de chuvas intensas ou do rompimento de barragens. “Essa parceria vem culminar em três anos e meio em que estamos desenvolvendo simulações de várias áreas, tanto de drenagem urbana, quanto de barragens. Esse trabalho resulta principalmente na prevenção e salva guarda de vidas humanas, bem como de propriedades privadas”, explicou o professor. 

Participaram da reunião o Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Moura; a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Meio Ambiente (Caoma), promotora de Justiça Áurea Madruga; a Reitora da Universidade Federal do Piauí, Profa. Nadir do Nascimento Nogueira; o diretor de governança da UFPI Alexandre Medeiros; a coordenadora de sustentabilidade ambiental da UFPI, Mayra Fernandes Nobre Moscardi; o coordenador de Perícias e Pareceres Técnicos do MPPI, Francisco Eduardo Lopes Viana e a chefe da divisão de Convênios do MPPI, Larissa Raquel Teixeira Alves.  

O Procurador-Geral de Justiça do MPPI, Cleandro Moura, destacou a importância da cooperação firmada entre as instituições: “Esse é um sistema desenvolvido pela UFPI que diz respeito tanto à drenagem, quanto à segurança de barragens e o Ministério Público, nessa parceria, por meio do Caoma, vai fazer esse levantamento, destinar recursos para que esse sistema seja cada vez mais desenvolvido, feito o levantamento de áreas de inundação para que a gente possa, de certa forma, cobrar dos entes municipais a adoção de providências no sentido de evitar alagamentos, risco à vida e danos ao patrimônio da população”, comentou o PGJ. 

A Reitora da UFPI, professora Nadir Nogueira, comentou sobre a relevância do projeto e seus benefícios para a sociedade: “Um trabalho como esse, bem utilizado, pode trazer grandes contribuições para o estado. Ferramentas como essa são fantásticas para a gente trabalhar de forma preventiva, porque nos ajudam principalmente na tomada de decisões a curto, médio e longo prazo, para que se defina de que forma é possível intervir em cada situação”, disse. 

Para a promotora de Justiça Áurea Madruga, coordenadora do Caoma/MPPI, o instrumento desenvolvido pelos pesquisadores da UFPI possibilitará aos municípios que se planejem no sentido de prevenir danos ambientais e sociais decorrentes de mudanças climáticas e do rompimento de barragens. “Um instrumento como esse vem mostrar aos municípios a necessidade do planejamento urbano, já que por esse instrumento nós podemos saber as áreas vulneráveis, o que os municípios podem fazer para prevenção e atuação conjunta de modo a se estruturar para que não tenhamos tantos danos ambientais e sociais”, afirmou a promotora. 

Ao final da reunião, o Procurador-Geral realizou a entrega de equipamentos para o Laboratório de Simulações de Drenagens e Represas, dentre eles, uma TV e computadores com grande capacidade de processamento de dados para a realização das simulações do projeto.