Nesta quarta-feira, 13 de agosto, o Ministério Público do Piauí (MPPI) esteve presente na solenidade do Dia D da Campanha Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. A promotora de Justiça Rita de Cássia de Carvalho Rocha Gomes de Souza, coordenadora do Centro de Apoio às Promotorias Criminais (Caocrim/MPPI), representou a instituição no evento, realizado na sede do Espaço da Cidadania Digital, na região Centro/Norte de Teresina.

A campanha nacional é realizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJSP) com o objetivo de incentivar os familiares de pessoas desaparecidas a fornecer amostras de DNA. As amostras, de saliva ou de sangue, serão inseridas nos bancos estaduais e nacional de perfis genéticos para cruzamento com dados de pessoas desaparecidas. Em 2024, foram coletadas 1.645 amostras e identificadas 35 pessoas. No Piauí, segundo dados do Instituto de DNA Forense, no ano passado, mais de 64 amostras foram coletadas com cinco identificações.

Os familiares de pessoas desaparecidas em Teresina podem comparecer ao Instituto de Medicina Legal (IML), na Rua Francisca de Melo Lobo, s/n – Bairro Saci; ou no Instituto de DNA Forense, na Rua Governador Raimundo Artur Vasconcelos, nº 971, Bairro Marquês de Paranaguá, para fornecer material genético. No interior, a população pode procurar os Núcleos de Polícia Científica.

Segundo a diretora do Instituto de DNA Forense do Piauí, Adilana Gomes Soares, a intenção é aumentar o número de famílias atendidas, bem como ampliar a identificação. “Sabemos o quão difícil é essa realidade de pessoas desaparecidas. Por isso, vamos empregar todos os esforços possíveis para oferecer uma resposta a esse problema”, mencionou.

A promotora de Justiça Rita Rocha falou sobre o trabalho que o Ministério Público realiza envolvendo o desaparecimento de pessoas. “Trata-se de uma tema sensível e desafiador, que exige ações gradativas e constantes a fim de oferecer uma resposta adequada a tantas famílias brasileiras que sofrem com este problema”, disse a representante do MPPI.

O Ministério Público brasileiro criou em 2010, a partir de um projeto do Conselho Nacional do Ministério Público, o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (SINALID). Cada Ministério Público Estadual que aderiu ao SINALID passou a ter acesso à ferramenta, por meio do Programa de Localização e Identificação de Pessoas Desaparecidas (PLID). Pelo programa, é possível fazer um cadastro da pessoa desaparecida. A plataforma sistematiza dados de diversas fontes oficiais para auxiliar as autoridades na busca pela pessoa. No Piauí, o cadastro pode ser feito pelo PLID do MPPI, disponível no link: https://www.mppi.mp.br/internet/formulario-plid/