O Ministério Público do Piauí (MPPI) promoveu, nesta terça-feira (02), uma audiência com representantes da Polícia Civil (PC-PI), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí. O objetivo foi discutir estratégias para aprimorar a investigação de incêndios criminosos no estado. A reunião ocorreu na sede do MPPI, localizada na zona Leste de Teresina.
O encontro foi convocado pelos Centros de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoma) e de Apoio às Promotorias Criminais (Caocrim), coordenados pelas promotoras de Justiça Áurea Madruga e Rita de Cássia de Carvalho Rocha Gomes de Souza.
“A Semarh dispõe de tecnologias capazes de identificar a origem do fogo, o local exato onde começou, quem é o responsável pela propriedade e se havia autorização para queima controlada. Esses instrumentos são fundamentais para o início da investigação do crime ambiental. É importante que essas informações estejam disponíveis para a Polícia Civil, contribuindo para a apuração, responsabilização e prevenção desses crimes, especialmente neste período do B-R-O-BRÓ”, destacou a promotora Áurea Madruga.

Durante a reunião, ficou acordado que será elaborado um protocolo para garantir a comunicação imediata entre a Semarh e a Polícia Civil, com o compartilhamento de dados sobre os incêndios. O Corpo de Bombeiros Militar também participará do processo, oferecendo suporte técnico às ações conjuntas.
“A reunião de hoje foi bastante produtiva no sentido de articular um fluxo entre o MP, a Semarh e os órgãos de segurança pública do estado. Foi definido que haverá um intercâmbio de informações entre os dados da Semarh, bem como do Corpo de Bombeiros, que apontem para a prática de atos dolosos envolvendo o uso indevido do fogo, especialmente neste período meteorológico crítico. Isso permitirá o levantamento de dados indicativos dos pontos de maior incidência desses eventos, além de possibilitar uma atuação voltada à orientação e capacitação dos profissionais que agem no combate a incêndios e queimadas, sejam eles brigadistas, policiais militares ou delegados de polícia”, afirmou a promotora Rita Rocha.