A promotora de Justiça Amparo paz de pé em frente uma plateia que a assiste durante palestra

 

Trabalhadores do transporte público de Teresina participaram, na última sexta-feira (26), de palestra sobre Relações Familiares e o Impacto da Violência Doméstica, ministrada pela promotora de justiça Amparo Paz, coordenadora do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID).

 

A palestra fez parte do XI Sipatrans Econcipas, que reúne todos os funcionários do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) para atividades de conscientização sobre acidentes de trabalho.

 

Pessoas sentadas em auditório

 

Segundo Márcia Carvalho, técnica em Segurança do Trabalho e uma das organizadoras do evento, a ideia de abordar o tema da violência doméstica surgiu devido ao surgimento de alguns casos nas empresas.

 

“É um assunto que está presente em nosso meio e chegamos a ter casos de funcionários que sofreram de alguma forma com a violência doméstica. Ás vezes como agressor e outras vezes como vítima. Então nosso objetivo é conscientizá-los sobre o assunto e, assim, evitar novos casos”, pontua.

 

Homem sentando olhando para a promotora de Justiça Amparo Paz que está ao fundo proferindo palestra sobre violência doméstica

 

Durante a palestra, a promotora explicou o contexto histórico do machismo, bem como avanços na prevenção e punição da violência contra a mulher, como a Lei Maria da Penha e a Lei de Feminicídio. “É muito importante que as pessoas entendam o fenômeno da violência contra a mulher e percebam que se trata de algo muito antigo e enraizado culturalmente. Por isso, essa iniciativa de trazer a discussão para diferentes espaços da sociedade é bastante louvável e essencial na desconstrução do machismo e desnaturalização da violência contra a mulher”, explica Amparo Paz.

 

Para Raimundo Nonato Lopes, motorista de ônibus, a violência é inaceitável. “Eu sou contra a violência doméstica. Não aceito homem maltratar uma mulher. Se o relacionamento não dá certo, se afastem, pois, o conflito na presença dos filhos é algo muito ruim. Tem que ter o respeito”, ressalta.