A promotora de Justiça Áurea Madruga, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público do Piauí (Caoma/MPPI) representou o Ministério Público do Piauí em dois eventos na última quinta-feira (05), data em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Durante a manhã, a promotora de Justiça participou de um debate sobre “Consumo Sustentável” na Universidade Federal do Piauí (UFPI). O momento foi mediado pela professora Mayra Fernandes, coordenadora de sustentabilidade ambiental e contou com a presença do analista do Ibama, Rômulo Soares Pedrosa Neto e o vice-coordenador do programa de mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente da UFPI, professor Denis Barros.

A coordenadora do Caoma explicou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos é de 2010 e foi um marco na gestão de resíduos no Brasil. Segundo ela, lei já completou quinze anos mas ainda tem muito a ser feito. “O MPPI vem atuando junto aos municípios piauienses por meio do projeto ‘Zero Lixões, por um Piauí mais limpo’ e esse trabalho já alcançou muitos resultados. Não da pra falar de consumo consciente se a população convive com lixões a céu aberto, com a presença de pneus, garrafas pet, plásticos, latinhas e outros materiais que poluem e trazem consequências sérias para o meio ambiente”, disse.

Ainda segundo ela, o consumo consciente parte primeiro da consciência que é formada por meio do conhecimento. “E um espaço como esse, que estimula o estudo e a pesquisa, é propício para disseminar essa cultura de educação ambiental”, pontuou.

No período da tarde a promotora Áurea Madruga, participou do laboratório “Protocolo Territorial em Áreas de Empreendimentos de Energia Renovável no Piauí”, que ocorreu durante a Brazil Energy Conference, realizada no Centro de Convenções de Teresina.

O encontro reuniu atores de diversos segmentos para debater formas de integrar os empreendimentos de energia renovável aos territórios de maneira sustentável junto às comunidades locais. Além do MPPI, o laboratório contou com a presença de representantes de instituições como Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) e foi conduzido por integrantes da Secretaria de Planejamento do Estado (SEPLAN) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Na ocasião, os participantes citaram diversos casos e situações em que a implantação de parques de energia eólica, por exemplo, impactaram de forma negativa na vida das comunidades locais e questionaram como o estado vem se posicionando para diminuir os efeitos negativos desses empreendimentos na vida das pessoas.

Áurea Madruga pontuou que é necessário tratar sobre o tema com foco na prevenção, porque esse é o melhor momento para evitar danos futuros. Ela explicou que é necessário mapear essas regiões, não apenas para avaliar os impactos junto às comunidades que vivem nessas áreas, mas também para garantir a proteção da biodiversidade desses locais, que será diretamente impactada. Além disso, a promotora de Justiça afirmou que é preciso saber como essas áreas serão recuperadas.