Arte com um fundo rosa e uma flor, ao lado está escrito o lema da campanha: Valoriza Tua Mãe

 

No último domingo (12) foi comemorado o Dia das Mães em todo o país. Um momento para homenagear as mulheres pelo seu papel materno, pela educação que aplica aos seus filhos, além de toda criação e acolhimento de mãe.

 

Com a hashtag #ValorizaTuaMãe, a promotora de justiça do Piauí, Amparo Paz, que é coordenadora do NUPEVID/MP-PI, onde atua na defesa de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, através da 10ª Promotoria de Justiça do Núcleo, lançou, na última sexta-feira (10), uma campanha com o objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre a violência cometida por filhos contra as mães.

 

Segundo a promotora Amparo, trata-se de um assunto muito sério e ainda bastante silencioso por parte das vítimas que sofrem violência familiar e são agredidas pelos próprios filhos. “Uma violência silenciosa. Porém, essa agressão dos filhos, tanto de forma física, quanto moral e psicológica, também está prevista na Lei Maria da Penha”, frisa.  

 

Pessoa de pé falando para o público que a observa

 

A promotora explica, ainda, que a relação da mãe com o filho ou filha é prevista pela Lei Maria da Penha. “A Lei nº 11.340/2006 diz que a violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. A Lei não se restringe às relações amorosas. Também vale para a violência cometida por outros membros da família, como pai, mãe, irmão, irmã, etc. – desde que a vítima seja uma mulher, em qualquer faixa etária”, destaca.

 

“É um assunto que choca e é muito triste, mas precisamos falar, apoiar e ajudar essas mulheres. Recebemos muitos casos de violência enquadrada nesse contexto de relação parental, mas por ser um tipo de crime que choca e, ao mesmo tempo, muitas mães não têm coragem de fazer a denuncia, pode resultar também em mortes. Nossa intenção é alertar as pessoas e as mulheres sobre mães que são agredidas fisicamente, psicologicamente ou moralmente pelos filhos. Elas não estão sozinhas e devem denunciar”, finaliza.