A Promotora de Justiça Leida Maria de Oliveira Diniz, Coordenadora do Centro de Apoio de Defesa da Infância e Juventude, representou o Ministério Público no encontro de Envio dos Jovens da Arquidiocese de Teresina para a Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerá este mês, na cidade do Rio de Janeiro.

Sendo um canal de comunicação e conscientização da sociedade, a promotora conversou com os participantes da celebração. “Um Brasil socialmente justo e nacionalmente soberano conflita com a existência de uma guerra deflagrada contra a infância e a juventude. Manifesto minha alegria de estar com vocês, no espaço da igreja católica, instituição que tão importante papel desempenhou e desempenha na história da civilização, na resistência à opressão, na luta permanente pela afirmação da dignidade humana, sobretudo dos excluídos e fracos da sociedade: os sem-terra, os sem-teto, crianças e jovens explorados e abandonados” – destacou a promotora.

A Celebração foi presidida pelo Bispo Arquidiocesano Dom Jacinto Furtado. Em sua exortação aos jovens, Leida Diniz pediu a todos que mantenham-se firmes na missão de lutar contra as injustiças e toda forma de opressão. Na oportunidade, reafirmou a posição do Centro de Apoio em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, posicionando-se contra toda forma de violência. De acordo com a promotora, a violência e a criminalidade possuem como causas principais a ausência de políticas públicas efetivas que garantam saúde, educação, renda e lazer.

Uma das missões do Ministério Público é “garantir a cidadania plena”. A instituição desempenha esse papel e continua seu trabalho ocupando todos os segmentos da população, respeitando a liberdade religiosa. “O evento Jornada Mundial da juventude se dá num momento especial da vida do país. Somos uma nação democrática e convivemos com leis democráticas, mas admitimos, quase que naturalmente, a matança de crianças, adolescentes e jovens, assassinatos de presidiários, chacinas de trabalhadores e indígenas. Nossas crianças precisam de muito mais que um Estatuto. Elas vivem uma cidadania aparente. A cidadania de papel. São milhões de cidadãos de papel. É chegada a hora de virarmos a página de quinhentos anos de violência nas relações do Estado com as crianças e os adolescentes” – finalizou a promotora.