O Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e da Juventude (CAODIJ), órgão do Ministério Público do Estado do Piauí, promoveu o lançamento da campanha “Adolescência sem Álcool”. O evento foi realizado na manhã de hoje (15/09), no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, e contou com a participação de várias organizações parceiras, como o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, os Conselhos Tutelares de Teresina e o Juizado da Infância e da Juventude, representado pela Juíza de Direito Maria Luíza de Moura Mello e Freitas. A Associação Piauiense do Ministério Público foi representada pelo Promotor de Justiça Maurício Gomes de Souza.

Os trabalhos foram abertos pelo coordenador do CAODIJ, o Promotor de Justiça Glécio Paulino Setúbal da Cunha e Silva. Ele explicou que o objetivo da campanha é fortalecer o combate ao consumo de álcool por crianças e adolescentes, considerando que as bebidas alcóolicas podem servir de porta de entrada para muitas outras drogas. A programação incluiu palestra ministrada pelo Prof.ª Dr.ª Claudete Ferreira de Souza Monteiro, que já produziu diversos trabalhos na área de saúde mental, alcoolismo e violência. A apresentação teve como tema os efeitos e malefícios do uso de álcool por crianças e adolescentes. A professora realçou pontos importantes dessa discussão, como a necessidade de enfrentamento à tradição familiar de promover a iniciação precoce do adolescente dentro do próprio ambiente doméstico, os perigos que envolvem a permissividade tanto em relação às bebidas alcóolicas quando ao oferecimento de veículos para adolescentes, as pressões externas que levam crianças e adolescentes ao consumo de bebida alcóolica e a falta de fiscalização junto aos estabelecimentos comerciais que vendem esse tipo de produto.

“A pressão para o consumo de bebidas alcóolicas, na maioria das vezes, parte da própria família, o que é muito preocupante. Os rapazes, em especial, são incentivados a iniciar esse consumo muito cedo. Claro que os adolescentes não devem ser impedidos de participar plenamente de comemorações familiares, por exemplo, mas os pais e parentes próximos não devem oferecer álcool, sempre esclarecendo que a escolha pelo consumo de bebida alcóolica deve ser tomada quando a pessoa estiver madura o suficiente para decidir com consciência”, argumentou Claudete Monteiro.

A campanha inclui cartazes que serão enviados aos Promotores de Justiça da capital e do interior para afixação em escolas, instituições públicas e estabelecimentos que comercializam bebidas alcóolicas e cigarros. Os Promotores de Justiça interessados em promover a campanha em seus municípios de atuação já podem entrar em contato com o Centro de Apoio de Defesa da Infância e da Juventude.