Na manhã da última segunda-feira, dia 4, a 30ª Promotoria de Justiça de Teresina realizou reunião para  apurar  as condições de preservação do Parque Floresta Fóssil do Rio Poti. A audiência foi conduzida pela promotora de Justiça Denise Aguiar, com a presença de representantes da SEMAR, SEMAM, SDU-Leste, IPHAM, SEPLAN e do Teresina Shopping.

O parque apresenta precárias condições de funcionamento, e de acordo com laudo emitido pelo Setor de Perícias do Ministério Público, existe um completo abandono do local, sendo realizadas queimadas e despejo de lixo, além de servir de estacionamento durante eventos na região. Tendo isso em vista, a 30ª promotoria instaurou procedimento para investigar e solucionar o caso.

Durante a reunião, Márcio Antônio de Sousa, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM, apresentou planilha orçamentária sobre a construção de barreiras físicas para proteção do parque, e afirmou que o Conselho Municipal de Meio Ambiente, após a devida aprovação, poderá destinar a quantia de R$ 75 mil para realização de serviços.

A secretaria solicitou ainda auxílio do Teresina Shopping para realizar algumas ações, como melhorar sinalização, colocar gelo baiano e iluminação. O representante do Teresina Shopping, Francisco Alexis Evangelista, afirmou ser muito oneroso ao shopping realizar obras em prol do parque e que isso tiraria a responsabilidade do estado. Afirmou, ainda, que o número de eventos é mínimo em relação a quantidade de danos que acontecem, sendo o problema o cotidiano do parque.

Luzia Leal, do IPHAN, falou da necessidade de ser fazer uma limpeza no parque,  mas de maneira correta, pois não se trata de qualquer local, mas de um parque fóssil, a limpeza de maneira incorreta poderia prejudicar ainda mais. Sugeriu, então, orientação do IPHAN para o serviço, o que de imediato foi aceito pela SDU-Leste, através de seu representante, Márcio Joubert.

Ao fim da reunião, a SEMAM se comprometeu em sinalizar o Parque da Floresta Fóssil e em fazer pedido de destruição das rampas à Prefeitura, como medida para impedir o acesso ao parque. Já a SEMAR compromete-se a elaborar anti-projeto arquitetônico referente a uma mureta de proteção do parque.

Uma nova audiência foi marcada para o dia 27 de maio.