Depois de quase 20 horas de julgamento, o réu José Gildásio de Brito, um dos acusados pela execução do ex-vereador Emídio Reis, foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e sequestro. O Ministério Público do Estado foi representado pelos Promotores de Justiça Marcelo de Jesus Monteiro Araújo e Márcio Carcará, em sessão que se encerrou na madrugada de hoje (20). José Gildásio foi condenado a 39 anos e dois meses de prisão.
De acordo com o laudo expedido pela Polícia Civil, Emídio Reis foi torturado, baleado e depois enterrado ainda com vida, na localidade de Lagedo Preto, município de Pio IX. O ex-vereador foi abordado entre as cidades de Picos e São Julião, no início de 2013. Cinco pessoas foram indiciadas por suspeita de participação no crime, entre elas o então vice-prefeito de São Julião, José Francimar Pereira, apontado como mandante do assassinato. Ele está preso desde de 2013. Logo após as eleições de 2012, a vítima protocolou denúncias contra os gestores na Justiça Eleitoral, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público Federal. Essas ações, se procedentes, poderiam resultar na cassação dos mandatos do prefeito e do vice.
Os membros do Ministério Público que atuaram no caso ressaltaram a importância da condenação, pois será aplicada a pena máxima do crime de homicídio. “O clamor social, desde a época do crime, era muito grande, e a repercussão foi muito relevante para toda a comunidade”, observou o Promotor de Justiça Marcelo Monteiro. “O processo complexo resultou em uma sessão de julgamento tumultuada, com uma carga emocional enorme. Felizmente, Justiça foi feita”, declarou o Promotor Márcio Carcará.