Na manhã desta segunda-feira (25), as Promotoras de Justiça Ana Isabel de Alencar, titular da Promotoria de Demerval Lobão, e Karla Daniela Carvalho, Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde – CAODS, reuniram-se com a SESAPI e outros órgão relacionados à saúde em Demerval Lobão e municípios vizinhos para discutir sobre o atendimento ambulatorial especializado no Hospital Estadual João Luiz de Moraes. Também foram debatidas outras demandas relacionadas ao atendimento no pronto socorro e sobre o novo perfil do hospital, com abertura do serviço de obstetrícia.
No início do mês aconteceu uma reunião para tratar de irregularidade relativas a consultas de especialidades diversas realizadas pelo hospital sem a devida regulação do SUS, com médicos que não possuem registro no Cadastro Nacional Estabelecimentos de Saúde. O Diretor do Hospital, Geraldo Guedes, informou que o serviço especializado havia sido implantado de forma experimental. Caso houvesse as condições e a SESAPI concordasse, o serviço permaneceria. Porém, quando a situação foi apresentada à Secretaria, esta ressaltou ser necessário aporte de novos recursos e que não tinha condições de manter, sendo preferível qualificar melhor o perfil do hospital.
Alderico Tavares, Diretor do DUDOH, afirmou que o hospital não comportaria a realização de atendimento de outras especialidades por questões de estrutura física, pois seu perfil já foi mudado para obstetrícia e risco habitual. E além de obstetra 24hs, contará em alguns plantões com cirurgião geral. Os pacientes de especialidades deverão ser atendidos no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina.
Com respeito às denúncias de maus-tratos aos pacientes de outros municípios, debatidas na audiência anterior, questionou-se quais as providências que serão adotadas. Elisângela Araújo, do Hospital de Demerval Lobão, solicitou a colaboração dos demais municípios para que informem a direção do hospital sobre os problemas.
Atendendo a solicitações feitas pelo Ministério Público e demais participantes da reunião, a SESAPI se comprometeu também a implantar um serviço de ouvidoria no hospital de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde. O Estado também irá realizar curso de classificação de risco e reanimação neonatal.