Pessoas sentadas num auditório assistindo apresentação do coral

 

O Ministério Público do Estado do Piauí promoveu, na manhã de hoje (25), um Ato em Homenagem às Mães, para marcar o mês em que se comemora, no mundo todo, o dia dedicado a elas. O evento foi idealizado e organizado pelo Comitê de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho (SQVT), no âmbito do programa “Bem Viver no MP”, com o apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional.

 

O Procurador-Geral de Justiça em exercício, Alípio de Santana Ribeiro, proferiu o pronunciamento de abertura. Ele parabenizou a todas as mães, ressaltando que elas são fundamentais para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a promoção da paz e da solidariedade. “No próprio Ministério Público, temos o privilégio de contar com várias colegas que são mães aguerridas, e que demonstram no trabalho toda a experiência, o cuidado e a dedicação que caracterizam o exercício desse importante papel”, disse o Procurador-Geral.

 

Homem de pé com microfone na mão

 

O técnico ministerial Thiago E, que também é poeta e músico, declamou dois poemas em homenagem às mães: “Ensinamento”, de Adélia Prado, e “Para Sempre”, de Carlos Drummond de Andrade (leia logo mais, abaixo). Em seguida, a platéia, já emocionada, assistiu a um vídeo composto com imagens de várias das mães que constroem o Ministério Público. Confira:

 

 

A programação do evento incluiu ainda apresentação do coral “Vozes do Ministério Público”, sob a regência do maestro Aurélio Melo. Os coralistas encantaram o público e foram muito aplaudidos. Logo depois, as mães puderam compartilhar seus sentimentos e experiências. A Promotora de Justiça Carmelina Moura, que é Assessora Especial do Procurador-Geral de Justiça, falou sobre o desafio de harmonizar os papéis de mãe, mulher e profissional, concluindo que este é um dom divino que se expressa, principalmente, no exemplo que se deixa para os filhos. Ao final, as mães confraternizaram em um coquetel comemorativo.

Pessoas de pé com pastas nas mãos

 

Mulher de pé com microfone na mão

 

Ensinamento

Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café , deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.

Adélia Prado

 

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade