Público reunido em auditório

 

A Câmara Municipal de Oeiras debateu nesta quarta-feira, 28, em audiência pública, a municipalização do sistema de abastecimento, distribuição e tratamento de água na cidade. O Ministério Público do Estado do Piauí foi representado pelo titular da 2ª Promotoria de Justiça da comarca, Carlos Rubem Campos Reis. De autoria do Poder Executivo, o projeto de lei que propõe a criação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) tramita na Casa desde março deste ano e deve ser votado na próxima semana.

 

A audiência pública contou também com a participação de todos os vereadores; do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Olavo Rebelo; do engenheiro Luiz Cláudio Lima, do Instituto de Águas do Piauí; do Padre Possidônio Barbosa, da Diocese de Oeiras; de Edvaldo Marques, presidente da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina (ARSETE); do advogado Andrei Furtado, representando a Administração Municipal; e de representante do Sindicato dos Urbanitários.

 

A validade da concessão do serviço de água e esgoto mantida entre a Agespisa e a Prefeitura de Oeiras expirou em 2001. Por conta disso, a Administração Municipal alega que a empresa estadual parou de realizar investimentos estruturantes na cidade e propôs, através do projeto de lei, a criação de uma autarquia municipal para gerenciar o sistema de abastecimento, distribuição e tratamento de água em Oeiras.

 

O promotor de Justiça Carlos Rubem Campos defende que a mudança no gerenciamento do serviço de água e esgoto seja feita com priorização do diálogo entre as instituições envolvidas. “As discussões sobre este assunto são muito importantes, porque representam um primeiro passo. Mas não adianta fazer a transição se todos os pré-requisitos indicados pela lei pertinente não forem devidamente observados. Há determinação para que o Município crie a autarquia, mas o processo não deve transcorrer de forma atropelada. É preciso muito diálogo entre as instituições, com a criação, inclusive, da agência reguladora. Essas exigências têm que ser obedecidas para que sejam evitados futuros questionamentos”, destacou o representante do Ministério Público.

 

Em 2016, o Promotor de Justiça ajuizou uma ação civil pública em face do Município de Oeiras, com o objetivo de promover a regularização da titularidade do serviço de abastecimento, de modo que o prestasse diretamente ou com delegação a terceiro. O Ministério Público ressaltou ainda a necessidade de execução permanente do Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, do Ministério da Saúde.

 

Promotor de Justiça Carlos Rubem Campos Reis fala em tribuna

 

Vários homens de pé, posando em um plenário.

 

Com informações e imagens do Portal Mais Oeiras.