Promotor de Justiça fala para uma plateia formada por estudantes

 

O Ministério Público do Piauí (MPPI), em parceria com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), através da Promotoria de Justiça de Cristino Castro, e com o apoio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e da Cidadania (CAODEC), realizou, nos dias 4 e 5 de setembro, rodas de conversa sobre bullying em escolas da rede pública estadual de Cristino Castro. Cerca de mil alunos participaram das atividades.

 

A ação é resultado de um procedimento instaurado na comarca em virtude de um caso específico que reafirmou a necessidade de conscientização social para o manejo desse tema. A importância da cultura de paz e assuntos relacionados à violência física ou psicológica, intolerância religiosa, diversidade sexual e bullying foram abordados pelo palestrante José Phortela, nas Unidades Escolares Joaquim Parente, José Francisco Miranda, Centro Ed. Int. Adenauer e Escola Família Agrícola – EFA.

 

Plateia com vários alunos sentados

O professor explica que durante as rodas de conversa foi exibido o filme “Vista a minha pele”, que discute o racismo na educação. E que, após a discussão da temática, foram aplicados questionários que irão mensurar a realidade das escolas no que diz respeito a presença de bullying.

 

“A iniciativa foi muito bem acolhida pelas comunidades escolares, que revelaram grande interesse pelos conteúdos abordados e no desenvolvimento de atividades de prevenção e enfrentamento ao bullying escolar”, diz o palestrante.

 

O promotor de Justiça Roberto Monteiro Carvalho, que atua na comarca de Cristino Castro, destaca a relevância das atividades. “Durante visitas às escolas, procuramos esclarecer a comunidade escolar sobre essa temática e orientar gestores e professores sobre a necessidade de se aplicar os regimentos internos, bem como de se buscar na rede de proteção do MP o apoio para resolução de demandas que ultrapassem o âmbito escolar”, destaca Roberto Monteiro.

 

Mesa de honra em evento na escola

 

De acordo com a promotora de Justiça e coordenadora do Caodec, Flávia Gomes, a minimização do bullying depende de uma junção de esforços, envolvendo toda a comunidade escolar, ou seja, pais, estudantes, professores, funcionários, diretores e outras instituições da sociedade. “O Ministério Público pode servir de ponte para esclarecimento da sociedade sobre questões como essa. Estamos felizes em ver que é possível promover a mudança de postura no âmbito escolar e estimular a adoção de valores como a justiça, solidariedade e respeito ao próximo”, diz a coordenadora.

 

Sala de reuniões em escola. Promotor de Justiça reunido com membros da comunidade escolar.