O Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), órgão do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), promoveu hoje (26) um seminário sobre queimadas e incêndios florestais, na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na Agricultura Familiar de União.
O evento foi realizado em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí (Fetag-PI), o Batalhão de Polícia Ambiental, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), o Ibama e o Corpo de Bombeiros.
A promotora de Justiça Áurea Emília Bezerra Madruga, coordenadora do Caoma/MPPI, falou sobre os impactos das queimadas irregulares e dos incêndios florestais na saúde e no meio ambiente.

“Consideramos que os trabalhadores da agricultura são um público estratégico, porque as queimadas estão associadas aos sistemas de produção agrícola, pelo baixo custo como método de limpeza de terrenos, antes dos plantios. Porém, os danos ambientais e sanitários ocasionados pela aplicação indiscriminada dessa prática são elevados, ainda mais pelos riscos à vida e à integridade das pessoas. Além de promover a conscientização acerca desses malefícios, pretendemos capacitar e oferecer instrumentos aos agricultores, disseminando conhecimentos sobre técnicas adequadas e os requisitos para realização de queimas controladas, por exemplo”, destaca Áurea Madruga. A titular da 2ª Promotoria de Justiça de União, Sílvia Reis, também participou do seminário.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram identificados 9.317 focos ativos de calor no Piauí, no ano de 2020. O estado ocupa a oitava posição no Brasil, em relação ao número de ocorrências. Nos meses de setembro, outubro e novembro, a quantidade de focos tende a aumentar, o que demanda a intensificação de medidas preventivas e repressivas.
