Na última quinta-feira (13), o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), realizou audiência extrajudicial para tratar do procedimento instaurado na Promotoria de Justiça de Amarante acerca do tombamento do patrimônio histórico, cultural e paisagístico do município. A atividade foi mediada pela coordenadora do Caoma, Áurea Madruga.
Na ocasião, o fundador do Museu do Divino de Amarante, professor Marcelino Leal fez uma contextualização acerca do patrimônio histórico, cultural e paisagístico, tanto material quanto imaterial. Em seguida, o promotor titular da PJ de Amarante, Afonso Aroldo, destacou sua preocupação com a deterioração dos patrimônios amarantinos.
Durante a audiência, a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Teresinha de Jesus declarou que o instituto é favorável ao início do tombamento e acautelamento, porém o município deve ser favorável ao procedimento, tendo em vista a necessidade de integração da população no processo.
O representante da Secretaria de Cultura, Ismael Bezerra, pontuou que o estado do Piauí só pode realizar a proteção de dois imóveis que são tombados, são eles a Casa dos Azulejos (propriedade privada) e a Casa Odilon Nunes (sede do Museu do Piauí).
Ao final, ficou definido que o IPHAN e a SECULT devem apresentar formalmente, no prazo de 10 dias, o efetivo auxílio que vão fornecer ao município de Amarante. Além disso, deve ser realizado um seminário temático e educativo destinado à sociedade amarantina sobre o patrimônio histórico, cultural e paisagístico do município.