Na manhã desta quinta-feira (03), o promotor de Justiça Eny Pontes se reuniu com representantes da Associação Pensar para tratar de uma série de irregularidades nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Teresina. O encontro aconteceu na sede da zona leste do Ministério Público.

Usuários dos CAPS buscaram apoio na Promotoria de defesa da saúde pública para a resolução de diversos problemas, como a falta de medicamentos essenciais para a continuidade do tratamento, água potável, refeição, falta de assistência profissional, precariedade da estrutura física, dentre outros.


Segundo o presidente da Associação Pensar, João Batista, ela foi criada com a função de unir os integrantes dos centros e seus familiares na busca de melhorias dos serviços prestados nesses postos, bem como todas as instituições que trabalham com saúde mental, a exemplo do Hospital Areolino de Abreu.

“Nós, usuários dos CAPS, tínhamos grupos de apoio que se tornaram nosso ambiente de convivência, onde nos fortalecíamos trocando experiências, pois não ficávamos na ociosidade. Agora, sem a disponibilização desse serviço, por exemplo, a gente se enfraquece”, ressaltou o presidente da associação.
Dentre as queixas, os usuários informam que quando há medicamentos, não são informados pelo fato de não haver em número suficiente para atendimento no CAPS AD.
A partir dessa situação, o promotor frisou que toda a rede municipal da saúde pública está comprometida com a falta de medicamentos. Eny Pontes destacou, ainda, as ações já realizadas por parte da Promotoria no sentido de dar resolutividade a esses casos.

“Ressalto que acionamos o judiciário com ações civis públicas, listando o que falta e as irregularidades constatadas. Resta agora ao poder judiciário dar a resposta à sociedade”, disse o promotor.
O representante ministerial informou, ao final, que haverá uma audiência aberta ao público no final deste mês, para debater toda a situação da saúde mental no Piauí, com representantes de diversos setores.
