O Ministério Público do Piauí (MPPI), representado pela promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Meio Ambiente (CAOMA), Áurea Madruga, participou de uma reunião na manhã de terça-feira (1º), na Universidade Federal do Piauí (UFPI) para discutir uma parceria voltada para a estruturação e operacionalização do Laboratório de Simulações de Drenagens e Represas (LASIDRA) que vai funcionar na Universidade.
Durante a reunião, que contou com a presença de representantes de diferentes setores estratégicos das duas instituições, o foco foi debater o aprimoramento de simulações de segurança de barragens e drenagem urbana e estabelecer uma parceria para garantir a doação de equipamentos pelo MPPI, por meio de Acordos de Não Persecução Cível e Penal, para auxiliar na execução das pesquisas.

A Promotora de Justiça Áurea Madruga enfatizou a relevância estratégica do trabalho voltado à prevenção de desastres, destacando a antecipação como princípio orientador diante do cenário atual de emergência climática. “A prevenção de desastres é, hoje, uma prioridade estratégica, especialmente diante do cenário de emergência climática que vivemos. Nesse sentido, o projeto desenvolvido pela UFPI é de importância fundamental. As simulações nos permitirão compreender com mais clareza os riscos associados a eventos extremos, como chuvas intensas e tempestades severas. No entorno de barragens, esses estudos são igualmente fundamentais. Eles nos ajudam a avaliar, de forma realista, os riscos decorrentes do aumento do volume das águas e da pressão sobre as estruturas, contribuindo para a verificação constante da estabilidade e para o aperfeiçoamento dos planos de segurança. A articulação entre universidades, órgãos de controle, poder público e sociedade civil é essencial para construirmos territórios mais resilientes e preparados para enfrentar os efeitos concretos e crescentes das mudanças climáticas”, pontuou a promotora de Justiça.
O vice-reitor Edmilson Moura destacou a relevância da colaboração para o fortalecimento das relações entre a sociedade e a Universidade. Para ele, esse tipo de parceria é essencial, pois permite que a UFPI interaja com a comunidade e outras entidades, oferecendo soluções para problemas que nos são demandados.
A inovação desenvolvida pela equipe da UFPI permite a inclusão da alocação de quarteirões nas simulações, tornando os resultados mais precisos e possibilitando a identificação de áreas de maior risco em casos de inundações. Segundo o professor e desenvolvedor da tecnologia, Jean Prost Moscardi, o projeto busca aprimorar um programa de simulação de rupturas de barragens e drenagem urbana. Ou seja, quando ocorrem chuvas intensas em qualquer local, é possível prever os estragos, os volumes de água gerados e os possíveis danos.

A reunião também contou com a presença do pró-reitor de Planejamento e Orçamento, Marcos Lira; o prefeito universitário, Marco Antônio Mastrângelo; o diretor administrativo da Pró-Reitoria de Administração Hugo Marinni; o diretor de governança da UFPI Alexandre Medeiros; a coordenadora de sustentabilidade ambiental, Mayra Fernandes Nobre Moscardi; a diretora do Centro de Tecnologia, Nícia Formiga Leite, além do coordenador de Perícias e Pareceres Técnicos do MPPI, Francisco Eduardo Lopes Viana e a chefe da divisão de Convênios do MPPI, Larissa Raquel Teixeira Alves.
Com informações da ascom da UFPI