A Promotora de Justiça Leida Maria de Oliveira Diniz, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e da Juventude (CAODIJ), participou de audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Piauí para discussão de alternativas para o tratamento de mulheres com problemas de drogadição. A representante do Ministério Público defendeu o tratamento humanizado, que se baseie na inserção da família e da comunidade. Ela rejeita a internação compulsória de pessoas em vulnerabilidade, recomendando a melhoria das condições habitacionais, financeiras e culturais.
Discorreu sobre o equívoco do proibicionismo adotada pelo Brasil, que resulta em uma política repressiva e higienista. A Promotora de Justiça também defendeu a melhoria da escola pública, como um espaço de integração escolar e de preparação para a vida. “O problema da droga deve ser enfrentado com políticas públicas efetivas, que valorizem a educação. Essa valorização passa necessariamente pelo cumprimento do piso salarial nacional dos professores, o qual infelizmente não é respeitado pelo Estado do Piauí”, frisou ela.
O governo do Estado, por meio da Coordenadoria de Enfrentamento às Drogas, apresentou projeto de revitalização dos antigos Centros Sociais Urbanos (CSUs) para a convivência comunitária, atuando na prevenção do uso de drogas e no fortalecimento das famílias, o que confirma a aposta da Promotora em políticas públicas preventivas, em direto atendimento aos anseios da comunidade.
Leida Diniz coordena o Comitê Estadual de Enfrentamento às Drogas do Ministério Público do Estado do Piauí, composto por Promotores de Justiça e de servidores. O comitê apresentará em breve plano de trabalho para enfrentamento às drogas, problema que afeta toda a sociedade piauense.