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O dia 2 de abril é o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, um transtorno que acomete seis em cada mil pessoas, em graus que podem variar do mais severo ao mais leve, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), o autismo é mais comum em crianças do que AIDS, câncer e diabetes juntos.  Para mobilizar a sociedade sobre a importância  do diagnóstico precoce no tratamento do autismo e para conscientizar que existem pessoas um pouco diferentes das outras, mas na sua essência são tão humanas quanto todos, foi que a ONU instituiu a data, em dezembro de 2007.

O Ministério Público do Estado do Piauí não poderia deixar de lembrar essa data, uma vez que esta instituição luta constantemente pelos direitos dos cidadãos – incluindo os autistas.

Autismo é um termo desconhecido para muitos. Este termo refere-se a uma série de distúrbios que afetam diretamente três áreas do desenvolvimento da pessoa: a comunicação, a socialização e o foco de interesses, com manifestações que podem acontecer em graus variados. Devido à diversidade de sintomas, eles foram agrupados em um grupo chamado Transtornos Globais do Desenvolvimento. Para os médicos, os principais sintomas que devem ser observados pelos pais durante o crecimento da criança são a tendência para brincar sozinho, uma resistência a fazer mudanças na rotina, a realização de movimentos repetitivos. Os especialistas destacam também a falta de noção de perigo e medo de situações que são ofensivas, a dificuldade em fazer contatos visuais, dificuldade na compreensão da linguagem falada e hiperatividade ou apatia de aprender pelos métodos tradicionais de ensino.

 

A Promotora de Justiça Marlúcia Evaristo participou de evento realizado hoje (02/04) na sede da Associação de Amigos do Autista

Desta maneira o Dia Mundial de Conscientização sobre Autismo procura esclarecer o que vem a ser o Autismo e disseminar informações sobre a importância do diagnóstico e da intervenção precoce. Pois, com um diagnóstico precoce e o tratamento realizado por uma equipe de profissionais de várias áreas, que inclui médicos, fisioterapeutas, pedagogo e nutricionistas, o autista pode conseguir enfrentar as dificuldades e as barreiras importas pelo transtorno, construir família e ter uma vida profissional normal.

Para a Promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Pessoa com Deficiência e do Idoso do Ministério Público do Estado do Piauí, Marlúcia Gomes Evaristo Almeida, “ o dia de conscientização do Autismo é antes de tudo um dia de combate a discriminação, tendo em vista que o Brasil, signatário da convenção da ONU sobre pessoas com deficiência, adotou tal convenção com força de emenda constitucional e segue os ditames daquela norma que tem como principal diretriz a inclusão social da pessoa com deficiência’.

Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, porém há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro, até raros casos com diversas habilidades mentais, como a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuída inclusive aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelângelo, Mozart e Einstein. Mas é preciso desfazer o mito de que todo autista tem “superpoderes”. Os casos de genialidade são raríssimos.

A medicina e a ciência, de um modo geral, sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial de Saúde como um Transtorno do Desenvolvimento, que afeta a comunicação, a socialização e o comportamento.

Outro mito é o de que o autista vive em seu próprio mundo. Não. Ele vive em nosso mundo. Muitos autistas, porém, têm dificuldade em interagir e se comunicar, por isso não estabelecem uma conversa, ou mantêm uma brincadeira, e tendem a isolar-se — não porque querem, mas por não conseguirem. Ao pensar que o autista não tem um mundo próprio, teremos mais chances de incluí-lo em “nosso mundo” com o respeito que merecem, pois preconceito se combate com informação. Para contribuir, procure saber mais sobre o autismo e ajude a divulgar o 2 de abril.

O Ministério Público Estadual como defensor da ordem jurídica e social está nesta luta pela conscientização e pelos direitos da pessoa autista. Entre você cidadão nesta luta também! O azul é considerado a cor do Autismo, vista azul , abrace essa causa.

Para maiores informações entrar em contato com Associação Casulo- Ivina (86) 8811-1410, site www.casulo.org e facebook no endereço http://www.facebook.com/RedeCasulo. Ou, Associação de Amigos do Autista – Piauí (AMA-PI) na Rua José Clemente Pereira, s/n, Bairro Primavera – Teresina – Pi,  Telefones: 3216 – 3385 (fixo) 3221 – 4542 (público), e-mails: amapiaui@hotmail.com /Blog: amigosautistas.blogspot.com.