Dando início aos trabalhos de 2017, o Ministério Público do Piauí (MP-PI), através da 10ª Promotoria de Justiça, órgão de execução do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID), realizou, nesta terça-feira (31), o 5º módulo do projeto “Reeducar: o homem no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher”. O projeto, desenvolvido ao longo de nove módulos – um a cada mês – tem como objetivo promover a reeducação de homens envolvidos em situação de violência, a fim de evitar a reincidência no crime.
Nesse encontro, foi abordado o tema “Habilidades sociais: Empatia, assertividade e situações de estresse”, com mediação das psicólogas Liandra Nogueira, do Ministério Público do Piauí, e Kellen Vieira, do Centro de Referência Esperança Garcia. A discussão deu destaque à necessidade do controle emocional no cotidiano das relações interpessoais, com o intuito de saber lidar com conflitos e evitar situações de violência. A psicóloga Liandra Nogueira confirma a importância das habilidades sociais no ambiente familiar.
“O objetivo de um relacionamento conjugal, além de trazer amor e harmonia, é minimizar os conflitos diários. Então, para minimizá-los e resolvê-los, a raiva vai ser sempre um impeditivo, nunca uma boa opção. Sendo assim, o controle da raiva precisa ser feito a partir da tentativa de solucionar um problema, entender o que é seu e o que é do outro e não gerar muitas expectativas irrealistas sobre o parceiro”, afirma Liandra. Segundo a promotora titular da 10ª Promotoria de Justiça, Amparo Paz, a eficiência da abordagem realizada ao longo dos cinco meses tem sido comprovada através da grande repercussão. “Nós estamos constantemente avaliando o progresso dos participantes, dentro do planejamento do projeto. Nesse sentido, já tivemos excelentes respostas, tanto dos homens que participam, quanto da sociedade. É muito gratificante para nós sabermos que esse trabalho está servindo de referência para muitos outros que atuam no enfrentamento à violência contra a mulher”, conclui Amparo Paz.