Teve início na manhã desta segunda-feira, 16 de setembro, a Operação Mata Atlântica em Pé. Além do Piauí, a operação é realizada em mais 16 estados do país e objetiva combater o desmatamento em áreas de Mata Atlântica e proteger as regiões de floresta que integram o bioma. A coordenação dos trabalhos em âmbito nacional é feita pelo Ministério Público do Paraná.
Realizada em quatro fases, a primeira identificou por meio de satélites as áreas de mata atlântica degradadas. Os dados foram obtidos junto ao INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a Fundação SOS Mata Atlântica. A segunda fase consistiu em reconhecer a localização exata das propriedades desmatadas e os seus donos, para verificar se possuem licença ambiental para o corte da vegetação. Hoje, foi iniciada a terceira fase, que consiste na ida de equipes de órgãos fiscalizadores para confirmar a existência dos focos de desmatamentos. No Piauí, fazem parte da operação o Ministério Público Estadual, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), a Semam e Semar (Secretarias de Meio Ambiente do Município e do Estado) e o BPA (Batalhão de Polícia Ambiental do Estado).
A partir das informações coletadas pelos fiscais serão produzidos boletins de ocorrência, emitidas autuações e adotadas as medidas extrajudiciais e judiciais para responsabilizar os autores dos desmatamentos e solicitar a reparação dos danos ambientais causados: essa será a quarta e última fase da operação.
Na próxima sexta-feira, 20, deve ser divulgado um balanço com os números da operação.
Edição anterior – Esta é a segunda edição nacional da Operação Mata Atlântica em Pé (em 2017 a ação foi promovida apenas no Paraná). No ano passado, 15 estados brasileiros participaram da ação, que confirmou o desmatamento de 5.285 hectares de florestas. Foram fiscalizadas 517 propriedades e apreendidos 7.467 metros cúbicos de madeira (cerca de 870 caminhões carregados), bem como emitidas multas no valor total de R$ 20.640.112,00.