O Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com Atuação no Tribunal do Júri (GAEJ), representado pelo promotor de Justiça João Malato Neto, conseguiu a condenação do réu Nailson de Carvalho Oliveira pelo crime de feminicídio. A pena fixada pela magistrada Luciana Cláudia Medeiros de Souza foi de 15 anos e nove meses de reclusão em regime fechado. O julgamento foi realizado ontem (17/10), em Paulistana, sudeste do Piauí.
O açougueiro Nailson de Carvalho Oliveira foi levado a julgamento pela prática do crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil, pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima e pelo feminicídio (artigo 121, §2º, II, IV e VI, todos do Código Penal). No dia 18 de junho de 2018, por volta das 13h50, nas dependências do seu estabelecimento comercial denominado “Frigorífico Friboi”, situado à Rua Raimundo Tibúrcio, S/N, bairro Cohab, município de Paulistana, o acusado assassinou a vítima Gabriela de Carvalho, sua companheira, com um golpe de arma branca (facão).
Consta dos autos que o condenado encontrava-se cortando carnes em seu açougue, quando então apareceu a vítima e pediu a separação do casal, em virtude de estar cansada de sofrer constantes agressões físicas por parte de seu companheiro, bem como por ter descoberto um novo relacionamento extraconjugal que este mantinha com uma outra mulher, inclusive acarretando o nascimento de um filho com esta.
Ato contínuo, o acusado encolerizou-se e surpreendeu a vítima com violento arremesso de um facão à curta distância, atingindo-a no tórax, causando-lhe os ferimentos que lhe determinaram posteriormente a morte, quando estava sendo socorrida em um hospital local. Na sequência, o réu vendeu todos os seus bens e fugiu para o Estado de Minas Gerais, onde posteriormente foi preso.