Pessoas sentadas em auditório

 

O Ministério Público do Piauí, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), realizou nessa segunda-feira, 11, o seminário “Judicialização da Saúde: diferentes olhares e novas perspectivas”. A iniciativa foi promovida em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Cosems). Mais de 320 pessoas, entre gestores, profissionais e autoridades de saúde pública de todo o Piauí, participaram do evento, que ocorreu no auditório “Serra da Capivara” do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, localizado na Avenida João XXIII, zona Leste de Teresina.

 

Pessoas sentadas em um auditório

Pessoas sentadas atrás de uma bancada

 

Pela manhã, a programação foi composta por duas palestras, a primeira ministrada pelo desembargador Renato Dresch, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que discorreu sobre as teses dos tribunais superiores em casos de saúde pública. Já a segunda foi proferida pelo procurador de Justiça Marco Antônio Teixeira, do Ministério Público do Paraná, que discutiu o papel do Ministério Público na judicialização da saúde. O debate que seguiu as palestras foi mediado pela promotora de Justiça Cláudia Seabra, coordenadora do CAODS.

 

“Nosso objetivo com o seminário é reunir atores sociais que tenham atuação na judicialização da saúde, para avaliar como podemos unir esforços no objetivo de reduzir essas demandas levadas ao Poder Judiciário e assim entregar soluções mais rápidas aos cidadãos. Ficamos felizes com a grande participação de gestores e profissionais que vieram de vários municípios”, avaliou Cláudia Seabra.

 

Pessoas

 

“Esse seminário tem grande importância porque propõe a construção coletiva de soluções para a judicialização da saúde. Isso é algo que precisa ser estimulado, pois só conseguiremos resolver essa questão quando caminharmos juntos em prol da sociedade”, disse o desembargador Renato Dresch.

 

Encerrando as discussões da manhã, o secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, tratou do tema “Quando a judicialização é um caminho para garantia do direito à saúde, quando é excessiva”.

 

A promotora de Justiça Maria da Glória Mafra, integrante do Ministério Público do Maranhão, abriu os trabalhos da tarde falando de sua experiência na garantia do direito à assistência farmacêutica.

 

Pessoas

 

Para fechar o seminário, a última mesa de debates abordou as estratégias para redução das demandas de judicialização em saúde. Como expositores participaram os promotores de Justiça Karla Furtado e Eny Pontes, a técnica Mayra Silva, da Secretaria Municipal de Saúde de Valença, o coordenador do Comitê de Saúde do Piauí, juiz Antônio Oliveira, o defensor público Igor Castelo Branco e a presidente do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI), Mirian Parente. Cada um destes apresentou experiências em suas áreas de atuação que resultaram na solução de demandas na saúde sem a necessidade de recorrer ao Poder Judiciário. A mediação ficou a cargo de Joselisses Abel Ferreira, assessora jurídica do Conasems.

 

Pessoas

 

“Saímos daqui com a certeza de que, apesar das dificuldades que existem, as instituições presentes no seminário estão dispostas a trabalhar no intuito de entregar aos cidadãos piauienses um serviço de saúde de qualidade”, frisou Leopoldina Feitosa, vice-presidente do Cosems.