Nesta terça-feira (29), o Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid) do Ministério Público do Piauí (MPPI), por meio da 10ª Promotoria de Justiça de Teresina, realizou o oitavo módulo do Programa Reeducar com a participação de homens que respondem a processos de violência doméstica. A campanha do “Laço Branco” foi apresentada aos reeducandos durante o momento.

A iniciativa é coordenada pela promotora de Justiça Amparo Paz. Também estiveram presentes a psicóloga do Nupevid, Cynara Veras, e representantes da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM), o sociólogo Marcos Magalhães e a psicóloga Tathyana Moreira Lima Bernardes.

(Promotora de Justiça Amparo Paz)

Na oportunidade, foram abordadas temáticas relacionadas às diversas manifestações da masculinidade e a importância de uma cultura de paz. “Com base nessa visão de respeito, teremos uma sociedade justa e igualitária, nas quais meninas e mulheres não sofrerão nenhum tipo de violência. Essa é também uma das propostas do reeducar: a reincidência zero. Assim, buscamos que esses homens entendam esses conhecimentos e sejam multiplicadores dessa cultura de paz e respeito”, comentou a coordenadora do programa, a promotora de Justiça Amparo Paz.

Em alusão à campanha do Laço Branco, pulseiras com a frase “o homem pelo fim da violência contra a mulher” foram colocadas nos participantes, com o intuito de sensibilizá-los e mobilizá-los quanto ao fim desse problema. Ainda durante o módulo, uma dinâmica com reprodução de uma música e a respectiva leitura da letra foi realizada.

“Viemos aqui no sentido de trabalhar, junto ao Ministério Público do Piauí, a questão de como homens podem lidar e construir suas novas masculinidades. Então, a nossa ideia foi levantar um espaço de reflexão para que eles comecem a repensar sobre as suas práticas”, disse o sociólogo Marcos Magalhães.

Este é o penúltimo módulo do Reeducar. Nas edições anteriores foram abordados diversos temas, como a Lei Maria da Penha, a saúde do homem, a afetividade conjugal, entre outros. Já participaram 61 homens em 4 edições, impactando diretamente cerca de 305 pessoas. “Cada momento aqui trouxe reflexões que me fez melhorar enquanto pessoa”, relatou um dos participantes.