Terminou nesta quarta-feira, 31 de maio, o curso sobre Técnicas de Entrevistas, Interrogatório e Detecção de Mentiras destinada aos membros do MPPI. A formação foi iniciada na segunda-feira (29) por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público do Piauí e contou com a assessoria do professor palestrante Thompson Cardoso, especialista na área, com quase 40 anos de experiência na atividade.

Durante esses três dias, a programação abordou os módulos da análise do discurso, do planejamento dos questionamentos e análise dos atos não verbais, bem como a análise profunda de veracidade.




No último dia do encontro, o professor palestrante focou nas finalidades do interrogatório para o ato probatório. “O interrogatório tem como finalidade, provar o fundamento acusatório, buscando promover e documentar a verdade dos fatos pelo próprio interrogado, de forma verbal ou escrita”, destacou Thompson.

Durante a análise, os promotores de Justiça analisaram o caso do jogador Neymar, quando foi acusado de estupro por uma modelo, em 2019. Nessa atividade, os representantes ministeriais puderam identificar pontos cruciais, dentro da temática da palestra, que estiveram presentes durante todo o processo.
A promotora de justiça, titular do Grupo de Atuação Especial do Controle Externo da Atividade Policial (GACEP/MPPI), demonstrou satisfação em participar de um treinamento que vai auxiliar em suas atividades. “Todas essas técnicas são essenciais, tanto na atuação do grupo, como do Ministério Público, pois podemos aplicar em nosso dia a dia, no contato com os jurisdicionados, objetivando e conseguindo a finalidade desejada”, disse a promotora de Justiça Fabrícia Barbosa.

Ainda por meio de um exercício, foi analisada a confissão do assassinato de uma criança, ocorrido em 1992. Com essa dinâmica, o professor instigou os promotores a avaliarem os limites que podem ser observados nos interrogatórios, com base na análise comportamental.


Ao final, Thompson Cardoso pontuou que com três dias de treinamento, os participantes tiveram um bom aproveitamento. “A turma demonstrou que a sociedade piauiense será brindada de promotores com a capacidade de contribuir com o judiciário, de uma forma mais sustentada do que já é”, finalizou.
