O Programa Reeducar, desenvolvido pelo Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar do Ministério Público do Estado do Piauí (NUPEVID/MPPI), chegou ao quarto módulo da 7ª edição nessa terça-feira (27). O tema trabalhado com homens envolvidos em situação de violência doméstica foi a relação entre aspectos cognitivos e os sentimentos, em especial a raiva.

A psicóloga do MPPI, Liandra Nogueira, explicou aspectos importantes sobre o controle da raiva, um sentimento presente no instinto humano que pode incentivar problemas nas relações interpessoais, inclusive culminando em violência doméstica.

Para Liana Nogueira, esse momento é importante porque demonstra aos reeducandos como o padrão comportamental e emocional deve estar sob controle. “A expressão inadequada da raiva pode impactar os relacionamentos. Por trás da agressão, tem um comportamento, e tem uma emoção que está motivando aquele comportamento”, explica.

A coordenadora do Nupevid/MPPI, promotora de Justiça Amparo Paz, ressalta que trabalhar essa temática é importante para evitar situações de violências física e psicológica, por exemplo. “Sabemos que a raiva pode influenciar de forma negativa nas relações interpessoais. Por isso, é importante ressaltar as técnicas de autocontrole e autoconhecimento, para evitar que isso impulsione um comportamento agressivo que pode desencadear em violências”, acrescenta.

Um dos reeducandos disse que este módulo foi essencial para melhorar suas vivências. “É preciso controlar a raiva. Agir em um momento de raiva nunca será a solução. É melhor esfriar a cabeça primeiro”, disse.

Sobre o Programa Reeducar

Desde 2016, o programa “Reeducar – O Homem no Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher” é promovido pela 10ª Promotoria de Justiça de Teresina, do Nupevid/MPPI, sob coordenação da promotora de Justiça Amparo Paz.

O projeto reúne grupos de homens envolvidos em contextos de violência doméstica e familiar contra a mulher, a fim de sensibilizá-los sobre o reconhecimento, reflexão e responsabilização dessas violências. O Programa estimula a mudança de comportamento sobre a cultura machista e desigualdade de gênero, fomentando o respeito à mulher e ao bom convívio familiar.


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