Pessoas de pé sorrindo

 

A luta pela igualdade de direitos e pelo fim da violência contra mulheres. Esses foram alguns dos temas discutidos durante uma roda de conversa, que aconteceu nesta quinta-feira (7), no Centro Integrado de Reabilitação – Ceir. A promotora Amparo Paz, coordenadora do Núcleo de Promotorias de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID), conversou sobre as diversas formas de violência, de como elas podem ser identificadas e como as vítimas devem se proteger.

 

“Isso aqui é um bate-papo, quero ouvir vocês. Nós sabemos que muitas mulheres são vítimas, diariamente, da violência doméstica. Nem sempre essa violência vem em forma de agressão física e nem sempre o companheiro é o único agressor. Em algumas situações, é o filho quem desrespeita, maltrata. O importante é que precisamos trabalhar na prevenção para tentar reduzir esses casos”, afirma a promotora.

 

Pessoas sentadas em área aberta assistindo palestra da promotora Amparo Paz

 

A coordenadora do Nupevid cita como exemplo a criminalização da importunação sexual, uma prática que acontece com frequência, principalmente durante as festas carnavalescas. “No carnaval fizemos uma campanha, ressaltando justamente essa mudança. Antes, o homem pagava uma multa e estava livre. Hoje, ele está sujeito a uma pena de 1 a 5 anos de prisão”, completa.

 

A coordenadora do setor de voluntariado do Ceir, Nazaré Bezerra, falou sobre a importância desse momento para as colaboradoras. “É uma realização poder promover esses eventos e trazer para o Ceir temas tão relevantes. É um momento muito valioso, com informações muito importantes para as mulheres que trabalham e que frequentam o Ceir todos os dias. Agradecemos a participação da promotora Amparo Paz no nosso evento”, diz.

 

Fotografia de uma mulher falando com microfone nas mãos. Ao fundo mulheres sentadas assistindo palestra

 

Durante o bate-papo, que faz parte da programação pelo Dia Internacional da Mulher, muitas aproveitaram para tirar dúvidas e até para compartilhar histórias de agressões, vividas por outras mulheres. “O homem não nasce machista, ele aprende a ser machista. Precisamos mudar essa cultura, dentro de nossas casas, com nossos filhos. A participação de vocês é que torna esse momento tão especial. Não desistam. Exijam respeito e denunciem a violência”, finaliza a promotora Amparo Paz.