Com o tema “O uso e efeito das substâncias psicoativas e a prática da violência doméstica (pontecializadores de violência)”, o Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID/ MPPI) realizou, nesta terça-feira (29), no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) do Ministério Público do Piauí, o 5º módulo da 4ª edição do Programa Reeducar.
A coordenadora do programa e do NUPEVID/MPPI, promotora de Justiça Amparo Paz, participou do encontro, que teve como facilitadores os psicólogos Danubya Oliveira Pires Aragão e o psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas – CAPS AD, Anderson de Moura Lima, que falaram sobre a tema com objetivo de proporcionar reflexão aos participantes.
Anderson Lima falou sobre sua experiência profissional no CAPS, onde atende pessoas usuárias de drogas lícitas e ilícitas, incluindo casais usuários, com históricos de violência após o consumo de álcool. Já a psicóloga Danubya Aragão ressaltou que é preciso encontrar novas alternativas e tirar a ideia de que uma pessoa só pode ser feliz ou resolver seu problema emocional se for através do uso de álcool.
“Precisamos encontrar a nossa felicidade sem, necessariamente, utilizar bebidas alcoólicas em algum momento de comemoração ou de dificuldade. Álcool é a droga que causa a maioria de acidentes de trânsito e também muitas mortes. Se isso é algo que traz problemas para nossa vida e para nossa família, por que vamos continuar utilizando o álcool? ”, questionou a psicóloga para os participantes.
“Em nome de toda nossa equipe do NUPEVID/MPPI, quero agradecer aos profissionais que dispuseram do seu tempo para colaborar com nosso projeto e levar uma grande reflexão sobre o uso do álcool em nossas vidas. Parabéns pelo trabalho e responsabilidade com uma temática que merece maior atenção de toda a nossa sociedade”, diz a coordenadora do NUPEVID, Amparo Paz.
Criado e desenvolvido em Teresina pela 10ª Promotoria de Justiça – integrante do NUPEVID, o programa Reeducar trabalha com homens que respondem judicialmente pelo crime de violência doméstica e, ao longo de nove módulos (um por mês), promove encontros com palestras e discussões que levem à desconstrução da cultura machista.
