Na tarde desta quarta-feira, 29, foi realizada videoconferência com a Procuradora-Geral de Justiça, Carmelina Moura, membros do Ministério Público do Piauí, o Secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, e outros representantes da Seduc.
O objetivo da reunião, proposta pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e da Cidadania (CAODEC/MPPI), foi verificar, junto à Seduc, as ações realizadas em relação ao planejamento do ano letivo de 2020, por conta da pandemia da Covid-19, que provocou um isolamento social suspendendo todas as atividades que demandavam aglomeração de pessoas. Alguns dos pontos discutidos foram as aulas realizadas virtualmente, a situação da distribuição da merenda escolar direcionada aos alunos e as ações que devem ser tomadas no que diz respeito à dificuldade de alunos do interior do Estado, principalmente, no acesso às aulas em decorrência da indisponibilidade de internet.
A Procuradora-Geral de Justiça, Carmelina Moura, pontuou que o trabalho realizado pela Secretaria de Educação em relação às aulas não-presenciais é relevante para que os alunos de todo o Estado continuem mantendo uma rotina educacional. “Os professores têm papel fundamental durante este período. Vejo que estão se reinventando de acordo com o que é possível fazer, e o Ministério Público está à disposição para ajudar neste momento tão difícil para alunos, familiares e professores”, pontua a chefe do MPPI.
De acordo com o secretário, a Seduc busca alternativas para que a educação pública estadual não precise paralisar. “Cumprir a carga horária é muito importante, mas também precisamos buscar o lado social da educação, cuidando dos nossos professores e estudantes”, afirma o secretário. Para isso, um documento contendo diretrizes para a rede estadual de educação foi elaborado. Ele indica como deve funcionar a educação durante o período de vigência do decreto que suspende as aulas presenciais. Dentro do panorama da educação feito por Ellen Gera durante a reunião, 92% das escolas já elaboraram planos e aderiram ao regime de aulas online. “Estamos analisando junto com toda a equipe técnica da secretaria o que é possível fazer no caso das escolas que ainda não puderam aderir às aulas online”.
O auditor de controle externo Gilson Araújo, do Tribunal de Contas do Estado, também participou da reunião. “Parabenizo os professores que nesta fase estão fazendo o possível para normalizar a educação e continuar cumprindo seu papel na educação pública. O TCE está, nesse momento, acompanhando o trabalho de cada rede de ensino e estamos participando do projeto nacional chamado ‘A educação não pode esperar’, que monitora os recursos utilizados nessa fase de aulas online e que também planeja como será o retorno, além de analisar o impacto da pandemia na educação”, diz o auditor.

“Fico feliz com a parceria com o Ministério Publico. Precisamos do maior número de instituições trabalhando em conjunto, visando ao melhor para a educação no Piauí. As nações que estão conseguindo controlar o cenário da pandemia estão fazendo uma boa análise do cenário, e em todos os âmbitos e a educação é uma prioridade”, afirma o secretário de educação do Piauí.
Dentro das ações que devem ainda ser propostas pela secretaria a fim de buscar soluções, está a tentativa de exibir as aulas por meio de canais de televisão, para auxiliar aqueles alunos do interior do Estado que não têm acesso à internet. Um outro ponto seria a realização de contrato com empresa de telefonia que possibilite o acesso, para que estudantes possam se conectar. Sobre o auxílio da merenda escolar, a secretaria informou que vai avaliar o cadastro dos alunos que não estão recebendo o repasse, para que isso seja resolvido.
A Seduc também estuda a possibilidade de implantar um número de telefone que funcione como canal para tirar dúvidas dos alunos e também a disponibilização de recurso financeiro para que as escolas possam preparar material impresso que deve ser fornecidos aos estudantes que não conseguirem acompanhar as videoaulas.