altRepresentantes do Ministério Público, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) e da Secretaria Municipal do Meio e Recursos Hídricos (SEMAR) reuniram-se na última sexta-feira (08) para conferir a versão final do relatório sobre as barragens do Piauí. O relatório é resultado de uma parceria entre as três instituições, que cederam profissionais especializados e equipamentos.

A Promotora de Justiça Denise Costa Aguiar, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, recebeu o documento e trabalhará de forma integrada com os Promotores de Justiça atuantes no interior do estado para que sejam tomadas medidas preventivas. Também representou o MPPI durante o evento o engenheiro florestal Faruk Morais Aragão, analista ministerial que participou de todas as etapas de elaboração do relatório.

O CAODMA dará atenção especial às barragens que apresentarem potenciais de risco de ruptura classificados como médio e alto. Das 23 barragens vistoriadas, doze foram incluídas no patamar “médio”; apenas a barragem de Poços, localizada no município de Itaueira, apresentou potencial de risco alto. Foram detectados problemas com deslizamento, fissura e erosão em estágio avançado.

Na maioria das barragens, aliás, verificaram-se danos causados pela erosão ou por excesso de vegetação na circunvizinhança. Outras, como a São Raimundo Nonato e Petrônio Portela, possuem sistema de drenagem comprometido por entupimentos.

Os seis barramentos com risco mas elevado de ruptura receberam classificação “A”: Poços, Petrônio Portela, Cazajeiras, Pedra Redonda, Salinas e Joana. Eles devem ser submetidos a nova inspeção para reavalição pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) e pelo Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI), instituições responsáveis pela sua operação.