I – PROJETO
Desligamento Humanizado – Política de Exoneração
II – ALINHAMENTO ESTRATÉGICO
Promover a gestão por competências e a qualidade de vida no trabalho
III – GERENTE DO PROJETO
Raimundo Soares do Nascimento Neto
IV – UNIDADE RESPONSÁVEL
Coordenadoria de Recursos Humanos
V – DESCRIÇÃO
O desligamento humanizado faz parte da política de exoneração como uma estratégia a ser adotada em prol do chefe imediato e servidor a ser exonerado. Encerrar o contrato com o servidor, mesmo que ele não esteja atendendo as expectativas, não é uma tarefa simples de ser feita, muitos líderes possuem dificuldades. Entretanto, em determinados momentos, isso é inevitável, além de ser algo comum dentro das instituições. A situação pode ficar ainda mais complicada se essa exoneração precisa ocorrer por meio on-line ou de forma inesperada sem que o servidor e chefe imediato possam ficar frente a frente fisicamente e conversar sobre os motivos do desligamento. Ainda, conta com atitudes eficazes para deixar essa etapa mais amena, diminuindo os danos emocionais para do servidor que sai e os que ficam na atual equipe, pois o processo mal feito pode afetar a produtividade das outras pessoas que compõe a equipe, sendo assim, o líder imediato deve conduzir ações estratégicas com exonerado, bem como com os que continuam na área de trabalho. É importante destacar que a maneira com que todo o processo de desligamento é conduzido, deixa marcas (positivas ou negativas) no restante da equipe. Ao ver como o ex-servidor foi tratado, a equipe desenvolve reflexão sobre seu próprio posicionamento dentro da instituição.
A exoneração é um processo que deve ser gerido, formalizado e feito o levantamento de indicadores, assim como outras áreas do desenvolvimento humano que compõe a gestão estratégica de pessoas. Instrumentalizar, orientar, preparar e administrar os impactos desse processo é papel de todo líder, bem como as áreas envolvidas na gestão da demissão.
O desligamento humanizado surgiu na década de 60, nos Estados Unidos, época em que o desligamento em massa ocorreu nas áreas de ciência e engenharia. No entanto, esse conceito só chegou ao Brasil nos anos 80. Mas somente no século XXI é que ele tem ganhado força.
A demissão humanizada oferece uma série de benefícios interessantes, como a melhora no clima organizacional, fortalecendo o sentimento de solidariedade e de cooperação entre a equipe. Também reforça os valores da instituição, contribuindo para que os demais servidores entendam melhor cada um deles e fazendo com que todos se sintam bem em atuar em um ambiente de trabalho que se preocupa com o bem-estar dos profissionais desligados. A responsabilidade social da organização ficam mais fortes, bem como o sentimento em pertencer aumenta. Outro ponto que pode ser visto como vantajoso é que o mercado passa a olhar para instituição com outros olhos, facilitando, inclusive, os processos de admissão e desenvolvimento. Por fim, a demissão humanizada também evita que o servidor desligado, movido por um sentimento ruim de vingança, acabe ingressando com uma ação judicial para reclamar direitos que, em alguns casos, não foram violados.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Gerencial (IBPG) entre 2015 e 2019, foi demonstrado que somente 16,23% das instituições humanizam as demissões. Infelizmente a pesquisa também aponta que 80,18% das pessoas reforça o trauma psicológico em desligamento mal conduzido e 57,13% dos traumas podem gerar ações trabalhistas, bem como 93,41% alegaram que gostariam de receber da empresa um pacote de recolocação e assim reduzir o tempo fora do mercado.
Por fim, essa é uma estratégia que precisa fazer parte da cultura organizacional de uma instituição. Certamente, processos cuidadosos e humanizados na hora de demitir um servidor fazem toda a diferença.
VI – BENEFÍCIOS
Amenização dos efeitos negativos da exoneração, melhoramento do clima organizacional, fortalecimento do sentimento de solidariedade e de cooperação entre a equipe e reforço dos valores da instituição, além de proporcionar o bem-estar dos profissionais desligados e fortalecer a responsabilidade social, bem como o sentimento em pertencer.